Janete é mulher jovem e empreendedora, casada com Odair, rapaz forte e experiente, trabalhou por alguns anos na lavoura da uva no norte do Estado de Minas Gerais, ganhou um pouco de conhecimento e voltou pra sua terra casou-se, ganhou 4 hectares de terra do pai e começou a investir em sua propriedade.
O Vale do Jequitinho é região de solo acidentado, serrado e de
pouca água, nos últimos 20 anos pra piorar a situação,
o Alto Jequitinhonha vem sendo tomado por infindáveis
plantações de Eucalipto, árvores que vão alimentar os fornos das
siderúrgicas brasileiras responsáveis pelo nosso "desenvolvimento”. A lida da roça é dura, principalmente porque cada vez é mais difícil o acesso à água. A floresta de Eucalipto que passou a cercar a maioria das comunidades rurais da região vem, 
ao longo dos anos, secando os mananciais, em outras palavras
ao longo dos anos, secando os mananciais, em outras palavras roubando a pouca água daqueles que quase nada tem.
Janete e Odair, além de seu empreendedorismo, tem sorte,
o lote herdado fica à margem de um rio.
Plantam uvas, tomate, laranja, abobrinha, cenoura e uma série de outros legumes, irrigam a terra e no último ano contraíram um empréstimo junto ao PRONAF,
participam ativamente da vida organizativa da comunidade, Odair é presidente da Associação de feirantes de Turmalina. 
Dá gosto ver um casal, que em um ambiente tão hostil,
consegue prosperar.
São sim, beneficiários do Bolsa Família, até quando?????
O programa não prevê portas de saída, Janete sabe que não
precisa mais do beneficio, mas não abre mão, “quem já passou
fome e sabe o que é, não coloca os filhos em risco”.
1 comentario:
Alguém sabe como outros programas de transferência de renda lidam com essa questão da porta de saída? Carolina, como é isso no "Oportunidad" aí no México?
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